Um mini zoológico que funciona em uma praça da cidade de Rio Grande, no Sul do estado, tem gerado polêmica em função de seu fechamento. O principal motivo é o descumprimento de legislação ambiental.
O local, que funciona na Praça Tamandaré, foi construído há cerca de 40 anos. No entanto, nunca teve licenciamento ambiental. Com a autorização do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), os animais serão retirados. Entre eles estão três macacos prego.
"É um passivo ambiental que nós estamos corrigindo, iniciando a correção, até porque estamos deseducando a população, porque ter animal silvestre no meio urbano sem as condições adequadas para essas espécies, a gente passa para a população o sentimento de que é correto", afirma a Coordenadora municipal de Defesa dos Direitos dos Animais, Maria de Fátima Melo.
A falta de informação sobre os animais interferia na rotina dos bichos, com a população dando alimentos como doces para eles. "Davam balas, pirulitos para os animais, que tem doenças semelhantes às nossas como diabetes, inclusive", completa Fátima.
O primeiro passo para a retirada foi o controle de natalidade, com a separação de machos e fêmeas, e retirada de ovos das jaulas.
Dois macacos de aproximadamente 30 anos de idade foram enviados de Rio Grande para o Núcleo de Reabilitação de Fauna Silvestre de Pelotas, onde estão sendo avaliados.
O terceiro macaco, mais jovem, será levado nesta sextya-feira (15) para o mesmo local.
Nos próximos dias os três devem seguir viagem para a casa nova, o Zoológico de Sapucaia do Sul, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
Outros animais como cágados, tartarugas e coelhos também devem ser levados para um local mais adequado. (G1 - Foto: Reprodução/RBS TV)
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