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CAMAQUÃ - FOI UM ATO CRIMINOSO E BRUTAL, DIZ FILHO DE CAMINHONEIRO MORTO, POR UMA PEDRA DURANTE PROTESTO NA BR-116

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Momentos antes ser morto com uma pedrada durante protestos na BR 116, em Cristal, o caminhoneiro Renato Lang Kranlow, 44 anos, falava pelo celular com o filho Eduardo, 19. O rapaz, que seguiu a profissão do pai, recordou, na tarde da quinta, dia 4 de julho, as ultimas palavras de Kranlow.

“Ele me disse que estava sendo escoltado pela polícia e, subitamente, me disse ‘para aí, para aí, daqui a pouco eu te ligo’”, reconstituiu. “Mas, não ligo mais”, lamentou o filho. Esta é a primeira morte que ocorreu nos protestos de caminhoneiros, que aconteceu em todo Brasil. “Foi um ato criminoso, brutal, que não dá para entender”, afirmou.

O caminhoneiro residia com a mulher e dois filhos, Eduardo, 19, e Vanessa, 14, no Bairro Santa Terezinha, no município. Inclusive Kranlow vinha se preparando para fazer a festa de 15 anos da filha, que ocorreria em 7 de janeiro. “Era o sonho dele fazer esta festa de 15 anos para a minha irmã”, contou Eduardo. “Inclusive, ele já estava providenciando a locação de um local para a comemoração.”

Kranlow era caminhoneiro há mais de 20 anos. Entrou na profissão logo após tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Além de dois caminhões, ele possuía uma carreta e fazia transporte de material reciclável, de construção, entre outros. Há uma mês o filho também tirou a CNH e dividia o pai o trabalho. “Faz um mês que tirei a carteira e agora acontece isso”, lamentou o rapaz.

Ironicamente, Kranlow trocou de caminhão com o filho, no meio do caminho. A vítima retornava para Pelotas e Eduardo é que seguiria para a região Metropolitana com o carregamento. No entanto, os dois resolveram trocar de caminhão e Kranlow é que seguiu a rota, que mais tarde causaria a sua morte.

Na tarde desta quinta, Eduardo viu o corpo do pai. Segundo ele, o rosto apresentava marcas profundas de espancamento, com um dos olhos roxo. Antes de receber a pedrada, de acordo com filho, Kranlow havia parado em um posto de gasolina, onde foi agredido barbaramente.

“Um caminhoneiro que participava do protesto filmou tudo”, disse. “O meu pai para e diz alguma coisa para um grupo, que abre a porta do caminhão, o tira para fora e começa a bater nele e em um determinado momento, uma voz afirma: esse alemão nunca apanhou tanto”, reconstituiu. Após o espancamento, o grupo aparentemente vai embora. A Polícia Civil já está com este vídeo. (Correio do Povo)


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